Santos é uma cidade sem paralelo no Brasil. Fundada em 1543, carrega fortes marcas de conservadorismo e provincianismo típicos das famílias quatrocentonas. Contraditoriamente, foi conhecida nas décadas de 50 e 60 como "a cidade vermelha" pela forte presença do PCB no sindicalismo - particularmente no porto - e na política local, onde chegou a eleger em 1947, já na legalidade, 14 vereadores numa Câmara de 31. Até hoje, as marcas dessa tradição se fazem sentir no movimento sindical santista. A força do sindicalismo combativo no início dos anos 80 era quase nula e só agora começa a mudar, em grande parte devido à atuação da Prefeitura. Mas até hoje a Força Sindical tem grande peso. O PT, que se formou em 1980, é um partido de classe média e com forte participação de mulheres. Dizem que a quota de 30% de mulheres nas instâncias lá seria um recuo em relação à situação atual. Em 1988, o PT ganhou as eleições para prefeito com 27% dos votos, menos de mil à frente do candidato do PMDB, Del Bosco Amaral, num eleitorado de cerca de 250 mil pessoas. A vitória deve ser creditada muito mais ao carisma da candidata do que à força do partido, que só conseguiu eleger três entre 21 vereadores. Telma tem uma grande identificação com Santos: nasceu e sempre viveu lá; tanto seu pai como sua mãe foram vereadores, ele pelo PTB, ela pelo MDB; naturalmente Telma é torcedora e sócia do Santos FC: "mais uma viúva do Pelé! " Telma, que não tinha nenhuma militância anterior, é talvez o exemplo mais destacado da geração que entrou na política através do PT. Profundamente identificada com a cidade, seu comportamento pessoal entretanto, mexe com os setores mais conservadores: mulher desquitada, casada de novo, toma atitudes corajosas como, por exemplo, ir pessoalmente à zona do meretrício conversar com as prostitutas sobre Aids. Seu estilo incomoda e simultaneamente causa admiração nas pessoas. É uma típica líder carismática. Logo nos primeiros meses de governo, a administração democrática e popular de Santos enfrentou duas grandes brigas: com a Viação Santos-São Vicente, que manipulava o transporte em toda a região, e com o dono da Casa de Saúde Anchieta. A Prefeitura decretou estado de calamidade pública e interveio em ambos os casos. Neste ano, sob liderança da Prefeitura, a cidade de Santos decretou uma greve geral (a única que deu certo) e realizou a maior manifestação de toda a sua história em solidariedade aos portuários e contra a política econômica do governo Collor. Pode-se questionar vários aspectos da política desenvolvida em Santos, como a ausência de um projeto mais global, a relação da Prefeitura com o partido, a excessiva centralização na figura da prefeita etc. Mas duas coisas são inegáveis: o PT e o movimento sindical e popular cresceram na região fundamentalmente a partir da atuação da Prefeitura. E, em segundo lugar - e até a Convergência Socialista e O Trabalho concordam com isso -, é uma prefeitura do jeito que petista gosta!
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