24/10/2006

WAGNER COBRA RESPONSABILIDADE DA OPOSIÇÃO

O denuncismo nesta reta final das eleições preocupa o coordenador da campanha e governador eleito da Bahia, Jaques Wagner, para quem alguns tucanos de alta plumagem estão agindo de forma "desesperada". "Nossas informações indicam que os resultados das pesquisas de intenção de voto em prol de Lula estão estáveis e com viés de alta. E a tentativa de criar um "mar de lama" nos últimos dias da eleição não vai funcionar", garantiu o petista em coletiva de imprensa no Comitê Nacional do Lula, em Brasília, hoje pela manhã. Para ele, o Brasil e a democracia continuam após o dia 29 e é preciso tranqüilidade nesse final de campanha. "Temos que ser responsáveis pelo amadurecimento da democracia", cobrou o coordenador da campanha de Lula. "O PSDB é um partido que vai governar São Paulo", disse ele, lembrando que não interessa a ninguém uma guerra prolongada. "Que continuem as investigações sobre os dossiês. Quem tem que pagar, que pague. Mas a agenda do país é outra. Não dá para ficar no denuncismo. O Brasil está entre as maiores economias do mundo e não sobrevive com isso", declarou. Hora da responsabilidade Wagner cobrou responsabilidade da oposição. "O Serra [referind-se ao governador eleito José Serra (PSDB), por exemplo, não vai ficar nessa briguinha de alguns tucanos. Ele terá que se preocupar com governar. Terá que pensar no futuro, assim como todos nós. Os governadores terão que conversar entre si, assim como as lideranças de um Congresso que acaba de ser renovado", comentou. Para Wagner não existe essa história de terceiro turno alardeada pela oposição. "Na Bahia, vou me relacionar com o Jutahy (líder do PSDB da Bahia)", prometeu. Ele informou que, inclusive, já procurou tanto o governador eleito de São Paulo, José Serra, como o Aécio Neves, governador reeleito em Minas Gerais, por meio de representantes para conversar sobre o novo quadro político. Rua Toneleiros "Quero saber o que eles vão fazer para diminuir a atual temperatura", cobrou Wagner. "Tem que haver fim a essa exacerbação de reta final. Não estamos mais no tempo da rua Tolereiros. O Brasil, depois de Carlos Lacerda, já passou por uma ditadura, a reabertura, uma Constituinte e um processo de impeachment de presidente. Está maduro para um debate sério", afirmou. Segundo Wagner, é preciso pensar no novo quadro político que se define. "Se reeleito, o presidente Lula buscará o diálogo com a oposição. Temos que votar o orçamento, ainda há várias CPIs em andamento e a sociedade espera pela reforma política", enumerou. Para o coordenador da campanha, depois desse desespero de reta final, o que interessa é a realidade pós 29 de outubro. "Que empresário vai topar sustentar esse jogo?", perguntou-se. "O que ele quer saber é se o juro vai cair, se teremos investimentos", argumentou. Partidarização na imprensaWagner denunciou a "falta de jornalismo" de uma publicação de grande expressão nacional. "Há uma tentativa baixa de partidarização desse órgão de imprensa. Como podem justificar uma capa como a desta semana?", perguntou-se, referindo-se a uma reportagem sobre o filho de Lula, Fábio Luís. "Não vamos usar dessa mesma tática com a oposição, pois quem fará o julgamento desse tipo de ação é o povo brasileiro". Para ele, tentar colar a imagem de Lula com um ambiente desonesto simplesmente "não cola". "O povo já entendeu qual é a natureza dessas ações", explicou. Para Wagner o jogo eleitoreiro que está em curso vai levar por afundar a oposição.    

Leia também

Carta Aberta: Políticas Públicas de Acolhimento à População em Situação de Rua de Santos e Região

Ver mais

População de Rua: Instituto Telma de Souza entrega Carta Aberta ao prefeito de Santos

Ver mais

Telma de Souza relança instituto de políticas públicas e firma parceria com entidade fundada pelo Presidente Lula

Ver mais