29/07/2010

UM DESAFIO QUE SE APRESENTA, por Telma de Souza

Não é de hoje que vários analistas, de diversos setores, afirmam que os rumos do desenvolvimento de Santos e da Baixada Santista sempre foram determinados por interesses externos, que para cá direcionam ou não recursos de acordo com seus objetivos. Simplificando, o porto santista e o parque industrial de Cubatão foram, a princípio e por décadas, os ícones desse processo. Assim, muito raramente as prioridades traçadas por governos federais e estaduais atenderam às reais necessidades e aos anseios da população dos municípios da região. Esse quadro foi ainda agravado pelo fato de que, durante a ditadura militar, Santos e Cubatão terem perdido sua autonomia política, isso para citar apenas dois episódios mais recentes das discriminações que sofremos ao longo de nossa história sócio-político-econômica. No entanto, hoje, perspectivas imediatas indicam que a importância da Baixada Santista, já fundamental no passado, será ainda maior no contexto nacional e estadual. Temos a irreversível expansão do Porto de Santos e das instalações industriais de Cubatão - fatores decorrentes da boa fase vivida pela economia do país -, mas também, e principalmente, as inúmeras conseqüências positivas que a exploração do gás e petróleo na Bacia de Santos vai trazer para toda a região. O Governo Federal, a partir da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve, logo ao assumir, percepção nítida da importância que a Baixada Santista tem e teria para o futuro do país. Os maciços e crescentes investimentos na logística do Porto de Santos já deixaram isso claro. Contudo, a decisão da Petrobras de instalar em Santos a sua Unidade de Negócios, que coordenará toda a logística da exploração do pré-sal na Bacia de Santos, foi a ação essencial para começar a mudar, radicalmente, a feição da nossa região, quanto ao papel de maior destaque que desempenhará em âmbito nacional. Infelizmente, os governos estaduais que se sucederam ao longo dos últimos anos não demonstraram a mesma percepção. Nos últimos tempos, embora exercendo meu mandato como vereadora no Legislativo santista, comecei a ser questionada por inúmeras pessoas, não só de Santos, mas de outros municípios da região, sobre como poderíamos reverter esse antigo descaso que a Baixada sofre por parte das sucessivas administrações estaduais. Quero aqui afirmar que a minha pré-disposição é firme e real, a fim de de me empenhar da forma mais direta na luta pela eleição do nosso companheiro Mercadante para governador e de Marta para o Senado, naturalmente, ao lado da companheira Dilma para a presidência. Certa de que a nossa região pode e deve ter outro comando  político, passando de coadjuvante a protagonista, contando com a compreensão de todos, estou pronta para mais este desafio.

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