31/03/2009

TUBERCULOSE: TELMA QUER MAIS DADOS SOBRE INCIDÊNCIA EM SANTOS

      Existe um levantamento específico que indique os níveis de incidência de tuberculose entre pessoas vivendo com HIV e usuários de drogas injetáveis identificados pelo serviço de saúde municipal? Em caso positivo, quais são esses índices? Em caso negativo, por que um levantamento desse tipo não foi realizado até agora? Existe algum programa específico de prevenção à tuberculose direcionado para esses dois tipos de público-alvo? Se existe, por que tal programa não merece maior divulgação pública? Se não existe, por que esse tipo de programa ainda não foi implantado? Qual a proporção entre o total de casos de tuberculose identificados na cidade e os que ocorrem entre as pessoas vivendo com HIV e os usuários de drogas injetáveis?  Os serviços municipais de saúde já dispõem de algum dado concreto sobre a disseminação da tuberculose entre usuários de drogas como a cocaína e o crack?    Todas essas questões foram encaminhadas pela vereadora Telma de Souza (PT-Santos) ao prefeito João Paulo Tavares Papa, através de requerimento apresentado na sessão da Câmara de Santos da última segunda-feira (30/03). Segundo a vereadora, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, dia 24 último, alguns dados importantes e graves foram divulgados pela imprensa. Um deles diz respeito ao fato de Santos, embora mostrando uma relativa redução anual na incidência da doença, ter apresentado, em 2008, um índice de 76 casos para cada 100 mil habitantes, o dobro da média nacional, que é 38,2 casos para o mesmo universo populacional.      Conforme a líder da bancada do PT no Legislativo santista, outro dado preocupante, além das já conhecidas informações sobre a maior vitimização das camadas mais pobres da população, diz respeito à grande vulnerabilidade também dos usuários de drogas injetáveis e das pessoas vivendo com HIV.      "Ora, como se sabe, os índices de contaminação pelo HIV na cidade situam-se em torno de 2% da população, em contraste com a média nacional de 0,6. Ao mesmo tempo, é de conhecimento geral que as elevadas taxas de contaminação registradas na última metade da década de 80, conforme constatou a primeira pesquisa sistematizada sobre o tema, realizada no início da minha gestão à frente da Prefeitura, em 1989, eram motivadas, principalmente, pelo compartilhamento de agulhas por usuários de drogas injetáveis", argumentou Telma, que preside Comissão Especial de Vereadores criada para tratar da questão da Aids na cidade e foi coordenadora da Frente Parlamentar de HIV/Aids do Congresso Nacional.

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