TELMA QUESTIONA SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO SOBRE O FECHAMENTO DE ESCOLA ESTADUAL EM SANTOS
A deputada estadual Telma de Souza (PT) apresentou ontem (6), na Assembleia Legislativa, requerimento de informações ao secretário estadual da Educação, Herman Voorhald, em que questiona a decisão do governo do estado de fechar a Escola Estadual Antônio Ablas Filho, no bairro Aparecida, em Santos. A parlamentar recebeu a informação de professores e da direção da unidade, com quem se reunirá na manhã do próximo dia 12 para discutir o assunto.
A desativação da escola se dará para que a unidade passe a sediar a estrutura administrativa da Diretoria Regional de Ensino (DE). Até o momento, a DE funciona no edifício da Escola Cesário Bastos, na Vila Mathias, também em Santos. No entanto, o local será desocupado para a instalação de um curso da Universidade de São Paulo (USP).
A mudança foi confirmada pela nova dirigente regional, Dulce Ceneviva, em entrevista à Imprensa da Baixada Santista. Entretanto, conforme os docentes da Antônio Ablas Filho, a escola não tem espaço suficiente para abrigar toda a estrutura da DE. Isso porque o local tem apenas 10 salas e três laboratórios, além de não contar com estacionamento. Por outro lado, a Escola Cesário Bastos tem mais de 20 salas amplas.
O plano da Secretaria estadual da Educação é realocar os cerca de 600 alunos da Ablas Filho em outras escolas. De acordo com informações dadas pela Direção de Ensino aos professores, os estudantes serão destinados prioritariamente às escolas Olga Cury e Dos Andradas, que também ficam no bairro da Aparecida, porém, em zonas potencialmente inseguras.
Além de não possuir as cercanias cobertas pelo alcance de câmeras de segurança do Município, como ocorre na Ablas Filho, as escolas Olga Cury e Dos Andradas não se encontram em áreas com fartas opções de transporte coletivo. A direção da escola – onde estão matriculados alunos de diferentes cidades da Baixada Santista – recebeu a notícia de que ficará até o dia 31 de dezembro de 2 011 no espaço.
Estrutura ruim
A unidade Ablas Filho funciona em três períodos, com classes superlotadas e até 50 alunos, em uma área projetada para aproximadamente 20 pessoas. “A transferência dos alunos da Ablas Filho para outras unidades será prejudicial a eles e aos professores. Não se abrem escolas fechando outras”, destacou Telma de Souza.
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