A deputada estadual Telma de Souza (PT-SP) propõe hoje, Dia Internacional da Síndrome de Down, uma série e profunda reflexão sobre a necessidade de inclusão de pessoas especiais na sociedade. Ela defende a manutenção e a ampliação das atividades e dos centros especializados, como a Associação Equoterapia e a Escola Carmelita.
Segundo a parlamentar, as duas unidades são exemplos a serem seguidos. A Equoterapia desenvolve atividades nos hortos de Santos e São Vicente, a partir da interação com cavalos. A Escola Carmelita não mais, mas teve papel fundamental, por receber jovens portadores e, ao atingirem 18 anos, participarem do funcionamento de um lava rápido, junto ao projeto Tam Tam.
“A Síndrome de Down é um assunto que depende do engajamento da sociedade como um todo, de apoio total. Devemos propor ações para que os portadores da Síndrome de Down tenham a oportunidade da inserção, tanto escolar quanto social”, avalia a quarta secretária da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Telma acredita que centros como a Equoterapia são pontos de partida para o convívio social dessas pessoas especiais e, principalmente, possibilitam a inserção do jovem no seio familiar. Ainda hoje, muitos pais têm preconceito interiorizado, comprometendo a formação do caráter dos portadores e não preparando-os para a vida. “A Equoterapia também proporciona o entendimento da diferença, incluindo o portador na sociedade e, de alguma forma, possibilitando a integração familiar, que é a base de tudo”.
A deputada também defende que a inclusão escolar é outra questão a ser aprimorada. Para ela, os professores precisam ter uma dedicação especial, mas sem distinção entre os alunos, evidenciando que as diferenças são normais na vida.
Os poderes constituídos também têm obrigação de traçar políticas públicas para essas pessoas, afirma a deputada. Entre as atribuições, ela destaca a adequação dos espaços, sejam escolas, hospitais ou até mesmo as ruas, entre outros, e ainda a preparação dos profissionais que vão lidar com o desenvolvimento dos portadores.
No Brasil, as estimativas apontam para cerca de 20 milhões de portadores, sendo que a cada ano nascem 8 mil bebês com a Síndrome de Down.
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