29/09/2009

TELMA PROPÕE INSTITUIÇÃO DO DIA DO CAIÇARA

Intenção é criar debate em torno da identidade cultural caiçara       Proposta que visa criar um debate em torno da identidade e da cultura do povo caiçara foi apresentada na Câmara de Santos pela vereadora Telma de Souza (PT), com a instituição do  Dia do Caiçara. Em sua justificativa, Telma argumentou que tudo o que se fizer em torno dessa data, a fim de homenagear, debater e pesquisar, ajudará a definir a identidade caiçara. “A identidade de um povo é condição primordial para que ele saiba seu lugar no tempo e no espaço, para que tenha consciência histórica, com repeito às suas grandezas, sua arte, cultura e modo de vida”, afirmou. Ela apresentou o requerimento a pedido de artistas e pesquisadores que se debruçam sobre o tema. A data proposta é 18 de setembro, dez dias após as comemorações religiosas pela padroeira da cidade.       Márcio Barreiro, do Instituto Ocanoa, artista e pesquisador da cultura caiçara, é um dos que endossaram a proposta de Telma. Para ele, preservar o patrimônio cultural e histórico brasileiros é um dever de cada um e do poder público. “Valorizar nossa origem e situar sua verdadeira importância para a formação da identidade brasileira é uma tarefa que não podemos mais relegar a um segundo plano. Acredito que ao instituir o Dia do Caiçara, o poder público tornará claro o quanto acredita na força de sua história, feita por homens que nasceram em nossa região, homens simples e sábios, guerreiros, pescadores, filhos do mar, dos índios, portugueses, africanos e também italianos, japoneses, espanhóis e alemães. O caiçara é a síntese do Brasil, rico em miscigenação, em cultura e sabedoria”, argumentou Barreiro.     Ainda de acordo com o pesquisador, o principal objetivo de uma iniciativa desse tipo é provocar a produção de uma cultura caiçara contemporânea, na música, no cinema, na fotografia e no teatro. As pessoas têm dificuldade de olhar para cá e ver como lugar caiçara; às vezes há certa vergonha da cultura local, por achar que o melhor vem de fora, como os primeiros índios, que viram os povos europeus e imaginaram uma cultura superior. Eu sinto falta desta identidade cultural nas produções artísticas. É importante fortalecer este aspecto.”

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