“O Governo do Estado de São Paulo não se importa com o atendimento dos cidadãos, que está prejudicado pela greve, que já dura 38 dias. Só se preocupou quando nós ocupamos a sede da Assembleia Legislativa e virou um escândalo nacional”. A frase, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde), Gervásio Foganholi, foi dita hoje, durante audiência pública comandada pela presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a deputada Telma de Souza (PT).

Há 38 dias os servidores estaduais da Saúde iniciaram uma greve que atinge 70" dos funcionários que atuam em todo o Estado. Os 30" que se mantêm na ativa atendem apenas emergências. Na última terça-feira (4/6), os grevistas ocuparam a galeria do plenário da Alesp, o que atraiu a atenção da mídia para o movimento. Os trabalhadores reivindicam reposição salarial de 32,2" e aumento no vale refeição para R$ 26,22.

Segundo Telma, a Liderança do PT na Alesp já conseguiu marcar uma audiência com o secretario de Gestão do Estado, Davi Zaia, para a próxima semana. “O Governo é irresponsável por não abrir negociações com os trabalhadores”, disse a secretária Nacional de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social, Célia Regina Costa.

Para o vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Douglas Izzo, há desrespeito aos servidores de todos os setores, por parte do Governo do Estado. “A Saúde parou há 38 dias. A Educação já esteve parada por 23 dias. Os trabalhadores da Sabesp também estão em greve e a Polícia Civil faz assembleia na próxima terça-feira. O Governo do Estado não negocia e não respeita o direito de organização sindical”, afirmou.