
propôs à Prefeitura de Santos que apresente pedido de desculpas às famílias das vítimas e, ainda, construa um tótem com os seus nomes, defronte à antiga sede social.
Telma também apresentou requerimento de congratulações ao jornalista Sérgio Vieira, autor do livro Raimundos – O show que nunca terminou, da Editora Garcia. A obra reúne depoimentos, registros policiais e de investigações, de todos os lados: famílias, produtores, direção do clube, espectadores, testemunhas da tragédia.
As mortes aconteceram ao final do show da banda. O Clube e a organização do show liberaram apenas uma saída para o público de aproximadamente 6 mil pessoas. Com a confusão, os corrimãos da escadaria ligada à saída quebrou, provocando a queda de dezenas de pessoas, formando uma pilha humana.
O governo municipal à época teve, também, sua responsabilidade pelo ocorrido, quando deixou de fiscalizar adequadamente a documentação e as condições do ginásio do Clube e, ainda, emitiu alvará mesmo ciente dos descumprimentos, conforme detalha o livro. Mais ainda: investiu recursos públicos na praça esportiva particular, sem qualquer menção às vítimas.
Ainda que a Justiça tenha sentenciado penalidades brandas aos responsáveis, com o pagamento de cinco cestas básicas, a Prefietura de Santos nunca se posicionou publicamente pelo ocorrido, a não ser nos autos do processo. Para Telma, a construção de um tótem no canteiro central da avenida da praia, de frente à antiga sede social do Regatas, será uma forma da da Administração Pública reconhecer suas responsabilidades e o seu lamento às mortes, desculpando-se minimamente com uma homenagem às vítimas.
"Daquela noite, após a alegria dessa apresentação musical no Clube de Regatas Santista, restaram os prantos, a dor, a indignação e a saudade. A história de Santos nunca mais será a mesma. Até mesmo o local desse acontecido não existe mais. As marcas da tragédia não são mais visíveis na paisagem urbana, especialmente com a demolição do clube, mas estão na alma de cada santista que vivenciou aquele doloroso episódio. A Cidade ainda deve sua homenagem e as autoridades têm o dever de zelar para que nenhuma família sofra a perda de seus entes queridos por quaisquer omissões do Poder Público", argumenta Telma.