TELMA INTERFERE E ESTADO REVÊ FECHAMENTO DE ESCOLA EM SANTOS
A possibilidade de fechamento da Escola Estadual Antônio Ablas Filho, na Aparecida, em Santos, está suspensa. Em contato com a deputada estadual Telma de Souza (PT), a Secretaria de Estado da Educação garantiu que há chances de o prédio da Escola Cesário Bastos, na Vila Mathias, vir a ser compartilhado entre a estrutura administrativa da Diretoria Regional de Ensino e a Universidade de São Paulo (USP).
Diante da ameaça de fechamento da Escola Estadual Antônio Ablas Filho, que passaria a abrigar a estrutura da USP – para oferecer curso com 10 vagas em Santos –, professores e pais de alunos, contrários à medida, convidaram Telma para debater o assunto na manhã de hoje (12). “Saindo daqui, esses jovens vão estudar aonde? Estamos sem rumo, inseguros. É mais uma escola estadual que está fechando as portas, infelizmente”, disse a culinarista Deise Ferreira Carvalho, mãe de aluna e uma das cerca de 30 pessoas que participaram da reunião no Ablas.
Durante a reunião, Telma estabeleceu contato com o prefeito de Santos, João Paulo Papa – que se solidarizou com a luta contra o fechamento da Ablas Filho – e com o gabinete do secretário de Estado da Educação, Herman Voorhald. A assessoria do secretário afirmou que a possibilidade de fechamento, que chegou a ser divulgada aos professores e à direção da unidade há algumas semanas, e aventada pela diretora regional de Ensino de Santos, Dulce Ceneviva, está afastada.
Segundo os professores, a unidade atende estudantes, além de Santos, de Guarujá, Bertioga, São Vicente e Praia Grande.
Nova reunião
O plano inicial era realocar os 568 alunos da Ablas Filho em outras escolas, como a Olga Cury e a Dos Andradas, que também ficam no bairro da Aparecida, porém, em zonas potencialmente inseguras e com menor oferta de transporte coletivo. Os professores e pais de alunos continuam mobilizados contra o fechamento da Ablas Filho. Hoje, às 20 horas, será feita nova reunião na unidade para tratar do tema.
“Não vamos permitir que a Ablas Filho perca quase 600 alunos para que a Diretoria de Ensino venha para cá para dar lugar a 10 vagas da Engenharia da USP na Escola Cesário Bastos. Não se abrem escolas às custas do fechamento de outras. Vamos até o fim nessa luta”, destacou Telma que, como professora, lecionou na Ablas Filho na década de 1980.
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