16/10/2013

TELMA INDAGA SECRETÁRIO DE SAÚDE SOBRE CONTRATOS DA SIEMENS

A Comissão de Saúde, presidida pela deputada Telma de Souza (PT) recebeu, nesta terça-feira (15/10), o secretário de Estado da Saúde, David Uip, em audiência de prestação de contas da pasta. Telma indagou Uip a respeito dos contratos mantidos pela secretaria com a empresa alemã Siemens, que denunciou o pagamento de propina a agentes do Governo do Estado a e formação de cartel em obras do Metrô na Capital.
 
A Siemens venceu licitações para a compra e instalação de equipamentos como mamografia e ressonância magnética. Diante das acusações referentes ao Metrô, os contratos da Siemens na Saúde foram alvos de pedidos de informação produzidos pela Bancada do PT na Assembleia Legislativa.

Segundo o secretário, tais contratos foram firmados a partir de 1998 e o valor total é de cerca de R$ 50 milhões. Todos estão sendo analisados pela Corregedoria, afirmou ele, que estava acompanhado pelo secretário-adjunto da pasta, Wilson Pollara. 
 
Há 40 dias no cargo, Uip (que substituiu Giovani Guido Cerri) disse que está visitando todos os hospitais da rede estadual na região metropolitana, para conhecer seus problemas e procurar resolvê-los. Ele prometeu que as visitas serão estendidas a todos os hospitais estaduais. Se detectados, problemas envolvendo as Organizações Sociais serão apurados, garantiu.
 
Problemas e questionamentos 
Uip apontou que falta hierarquização no atendimento de saúde. (Isso faz com que 80" dos pacientes procurem os pronto-socorros, em vez de unidades de atendimento primário ou secundário”, avaliou 
 
Telma, assim como muitos outros parlamentares, externou preocupação com a situação das santas casas. Uip lembrou que a situação em todo o país é crítica, argumentando que as instituições recebem apenas por 40" dos atendimentos que fazem, por estourarem o teto. De acordo com o secretário, a dívida total das santas casas no Brasil ultrapassa dos R$ 50 bilhões. 
 
Uip garantiu que está em estudo um plano de cargos e salários da área médica, que remunere e valorize as 14 categorias, com diferencial de salário considerando o local de exercício e com acesso por concurso público. Prometeu, ainda, a criação de 600 vagas de residência.
 
Ao final da reunião, a palavra foi aberta para representantes da população. Ana Rosa Garcia Costa, do Conselho Estadual de Saúde, cobrou fiscalização das Organizações Sociais; Gervásio Foganholi, presidente do SindSaúde-SP, questionou sobre a reforma do Núcleo de Gestão Assistencial da Lapa; e Normaci Souza Sampaio, pediu cumprimento da ação civil pública que ganhou, obrigando a construção de cinco centros de atendimento a autistas.

Com informações da Assessoria de Imprensa/Alesp

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