26/11/2010

TELMA DEFENDE A MANUTENÇÃO DOS DIREITOS DO FUNCIONALISMO

Em sua primeira aparição pública, ontem (25/11), duas semanas após uma cirurgia, a vereadora e deputada estadual eleita Telma de Souza (PT), se posicionou contra projeto de lei do Executivo santista que retira benefícios do funcionalismo. O projeto será votada em breve, na Câmara de Vereadores, e Telma, que saiu exclusivamente para participar de ato dos servidores, defendeu a não aprovação da matéria.  Sob chuva, Telma compareceu à Praça Mauá, onde servidores fizeram uma concentração, a fim de demonstrar o repúdio ao projeto de lei. Telma usou o microfone de um carro de som, e criticou o projeto de lei. “Quero ter uma conversa com vocês que eu acho muito importante. Nós, hoje, temos uma situação, que em várias secretarias da Administração Municipal, é extremamente calamitosa. Hoje, o jornal A Tribuna publica uma reportagem mostrando mais uma vez a situação caótica no pronto socorro central. Os dizeres do jornal, que é até bastante comedido em relação à Prefeitura, mostram que dentro do PS, há desde cheiro de urina e de fezes, até a falta de lugar para as pessoas estarem acamadas. Tudo isto não existe, ou, existe, mas, negativamente falando. “Eu não quero entrar nos méritos da questão da saúde, porque aqui estou vendo companheiras e companheiros de trabalho deste setor e eu sei quanta tristeza existe; desde a falta de remédios, à falta de leitos, que é problema crônico e difícil de resolver, mas que nos poderíamos estar encaminhando. “Mas, quero falar do projeto que a Câmara vai votar proximamente a respeito da mudança do estatuto e das leis que regem o magistério. Este projeto não pode ser aprovado. Ele retira benefícios, diminui a possibilidade de reajuste dos salários, divide a categoria, porque cada um vai ter uma faixa salarial, vai retirar um momento único de luta, que nós temos obrigação de ter a cada ano pelo aumento salarial. “Eu estou falando genericamente; eu poderia entrar em cada situação. A absorção dentro dos salários de vários benefícios, como o quinquênio e outros do tipo, faz com que amanha ou depois, no mesmo lugar, na mesma unidade escolar, cada professor vai ter uma faixa salarial e dificilmente vai querer lutar em conjunto para fazer a questão salarial. “A principal questão que eu vejo é a impossibilidade da luta e da nossa organização sindical. Por isso companheiros, eu estou aqui, com dificuldade para fazer uso da palavra, para dizer a vocês: a nossa luta, de trabalhadores e de trabalhadoras, é uma luta contínua e uma luta que não pode ter trégua. “Por isso eu vim aqui para a gente começar a se juntar para um grande ato no dia primeiro de dezembro. Nós não podemos terminar este ano com este pacote. Por mais que haja uma piada, uma brincadeira com trocadilho com o nome do prefeito – Não ao pacotão do Papão Noel - , nós não podemos permitir que os servidores sejam tratados desta maneira. “Foi na minha época de prefeita que nós fizemos o estatuto do magistério e este estatuto levou muito anos para ser construído. Levou muitas discussões, levou muitas pessoas a trazerem à luz a sua inteligência e a sua sensibilidade para dentro da sala de aula. É por isso que vou estar aqui no dia primeiro também. Mas, temos a obrigação e chamar os demais vereadores para que o funcionalismo desta cidade, que já teve salários dignos, não seja tratado como se fosse algo assim, desprezado. À luta, companheiros e companheiras, e vamos buscar mais aliados, porque a nossa luta é mais do que justa”.

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