
Presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Santos, a vereadora foi a primeira autoridade da Região Metropolitana a levantar a necessidade de repactuação dos serviços de Saúde. Há pouco mais de um mês, no dia 9 de junho, Telma promoveu a audiência pública "Saúde na Baixada Santista, reunindo representantes de todos os municípios para debater formas de organizar o sistema de atendimento, garantindo acesso a serviços de qualidade para toda a população. Participaram membros de secretarias municipais, das comissões legislativas de Saúde e dos respectivos conselhos de cada cidade.
Na visão de Telma, a Baixada Santista não tem um planejamento estratégico regional para os serviços de saúde, o que faz com que haja distorções no atendimento e, cada vez com maior intensidade, a ausência do cuidado aos pacientes. Para corrigir isso, a ex-prefeita solicitou ao ministro que faça a repactuação do financiamento do custeio das atividades de Média e da Alta Complexidade nos nove municípios, adequando o teto repassado à demanda atual, visto que o reajuste não ocorre desde 1998.
Telma ainda defendeu que o Ministério estimule e dê apoio para uma nova organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS), permitindo que haja a qualificação e a descentralização dos atendimentos pelas cidades locais.
"Minha proposta foi estabelecer uma nova pactuação regional, que viabilize financiamentos maiores pelos governos Federal e Estadual, e uma nova formatação dos serviços, permitindo que a rede assistencial seja descentralizada, com mais leitos e atendimento de urgência e emergência, por exemplo. A partir dos meus questionamentos, o ministro Ricardo Barros, com quem fui deputada federal por quatro mandatos, se comprometeu a destinar mais R$ 10 milhões por ano para a Baixada Santista, no total de R$ 120 milhões, para custear serviços nos nove municípios. Caberá, agora, aos prefeitos definirem quais os serviços contarão com esses recursos", avaliou Telma.
A proposta de Telma se baseia na premissa da integralidade do SUS, ou seja, a garantia de que o Sistema é único, porém descentralizado por todo o território brasileiro, embora com gestões locais, mas que sua abrangência proporcione a universalização do acesso aos serviços, isto é, para todos os cidadãos. "Isso fica muito mais claro em uma região metropolitana como a da Baixada Santista, onde não pode haver restrição de atendimento para este ou aquele cidadão, desta ou daquela cidade.O correto é que haja uma organização que contemple a racionalização da prestação do serviço, da Atenção Básica à Alta Complexidade, independentemente do município onde está o serviço".