
"Há gravíssimos problemas de gestão da Prefeitura de Santos, mesmo com um orçamento de R$ 2,1 bilhões e crescente. Apesar disso, a Prefeitura insiste que falta de dinheiro, mas não fez cortes de funções gratificadas, não houve extinção de cargos e secretarias, mantiveram-se os privilégios de assessores, carros e telefones celulares, enquanto a Saúde está um caos, a Educação não valoriza os professores e as escolas estão abandonadas, a população está insegura, os servidores estão sem reajustes. Portanto, ou a Prefeitura gasta mal, ou não aplicou as medidas de economia prometidas, ou, ainda, explicita o que está acontecendo. É preciso saber a real situação financeira da Cidade", apontou Telma, ao apresentar o requerimento 3810/2017.
A avaliação de Telma acontece no momento em que a Prefeitura pede ajuda financeira à Câmara Municipal, de maneira inédita. Ao todo, a Administração pede R$ 23 milhões ao Legislativo, como antecipação da sobra orçamentária, o que acontece tradicionalmente em dezembro. Oficialmente, a Prefeitura alega que o recurso vai pagar parte do salário dos servidores.
"Se, no quinto ano de governo, e ainda em setembro, a Prefeitura admite que não tem dinheiro para pagar o Funcionalismo, fica evidente que há uma crise de gestão, pois o orçamento é alto e isso nunca aconteceu em Santos. Estranho, ainda, que isso aconteça, pois a previsão orçamentária para o próximo ano é quase R$ 600 milhões maior, atingindo R$ 2,7 milhões", criticou a ex-prefeita.
Em seu requerimento, a vereadora questiona quanto a Administração arrecadou neste ano, quais as medidas de ajuste fiscal adotadas e os respectivos resultados, quantos contratos e convênios estão em atraso com os valores devidos, quantos se pagou em funções gratificadas, quantos cargos comissionados foram extintos e quantas pessoas foram contratadas, tanto na Prefeitura quanto nas fundações e autarquias municipais.