TELMA CONDENA INTIMIDAÇÃO A MORADORES QUE VIVEM NO ANTIGO PRÉDIO DO ANCHIETA
Vereadora esteve hoje no local e conversoucom os moradores, que estão apreensivos
A vereadora Telma de Souza, líder do PT na Câmara de Santos, condenou a intimidação feita aos moradores do imóvel que sediou no passado a Casa de Saúde Anchieta. “São indignos tanto esta situação quanto o tratatamento que estão recebendo estas pessoas, principalmente às vésperas do Natal. Vamos dar todo o apoio e orientação, para que nenhuma injustiça seja cometida contra elas”, afirmou Telma após reunião com os moradores, na última terça-feira (01/12).
Telma ouviu relatos dos moradores e discutiu com eles alguns encaminhamentos. “Vamos acionar o Conselho Tutelar, uma vez que há inúmeras crianças que não podem, de maneira alguma, ir parar na rua. Vamos também acionar a Secretaria de Ação Social, o Fundo Social de Solidariedade e tentar cadastrá-los em algum programa habitacioanal do município. Faremos isso junto com a Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente, presidida pelo vereador Geonísio Aguiar (PMDB)”, declarou Telma.
Anteriormente, uma comissão de moradores já havia sido recebida pelo assessor jurídico do gabinete da vereadora, Ronaldo Vizine Santiago. Ele esclareceu os procedimentos legais e afastou o risco de um despejo iminente. Conforme o advogado, não se trata, de parte da empresa que arrematou o imóvel, de uma ação de reintegração de posse. Conforme explicou, o arrematante pode pedir “imissão de posse”, ou seja, tomar a posse propriamente dita. Ele avalia que um juiz só daria parecer favorável após o registro legal da escritura em cartório de registro de imóveis, ainda levando em conta a repercussão social da medida, uma vez que é desconhecida a existência de projeto para o imóvel. No mais, o judiciário está em greve, o que atrasaria qualquer procedimento, dando maior prazo aos moradores.
INTIMIDAÇÃO - Telma ficou indignada ao saber que o advogado do arrematante tem pressionado os moradores, ameaçando entrar com pedido de liminar para que eles saiam em 48 horas. “Não ajuda em nada esse tipo de atitude. Os moradores temem acordar um dia e terem os seus bens jogados na rua. Isso tem de ser tratado como uma questão social. Eles estão no local mediante o pagamento de aluguel e concordam em sair. Querem apenas um prazo adequado para reorganizar suas vidas”, argumentou a vereadora.
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