
Inicialmente, Telma quis saber do secretário quais providências serão tomadas em relação às denúncias de que os mamógrafos do Estado não estão sendo usados em várias cidades do Estado. Ela exemplificou com o caso de Praia Grande, denunciado pela vereadora local Janaína Ballaris (PT), e Santo André (hospital Mário Covas), onde os equipamentos da rede estadual são usados para atendimento a convênios particulares em detrimento do público. O secretário disse que, para o caso de Praia Grande, a carreta Mulheres de Peito já está atendendo no município para zerar a fila de mais 800 mamografias represada. Telma revidou que, apesar da “carreta fazer um bom trabalho, o ideal é que o atendimento nas unidades seja normalizado”.
Telma criticou o fato dos mamógrafos estarem guardados no AME de Praia Grande, sem uso, quando muitas mulheres precisam fazer os exames. O secretário defendeu-se, dizendo que os aparelhos foram comprados em 2008 e patrimoniados, mas os que ficaram armazenados deveriam ter sido devolvidos ao Governo do Estado. “Não vi má fé. Vi uma gestão equivocada do gestor local”.
Ao final da reunião, representantes do Sindsaúde – Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do Estado de São Paulo – explicaram que, em protesto pela falta de respeito do governo do Estado a data-base e ao cumprimento de acordos com a categoria, vários hospitais devem parar de atender nos próximos dias, devido à greve dos funcionários.
Entre os vários impasses está o fato de que, em março, parte dos trabalhadores da Saúde conquistou um reajuste de até 119" na gratificação “Prêmio de Incentivo”, pago com verba federal, e o governo Alckmin prometeu aos servidores administrativos reajuste nesta gratificação para o dia 23 de maio, o que não foi cumprido.
OSs- O deputado Bittencourt afirmou que os relatórios de gestão das Organizações Sociais da Saúde – OSS – continuam a apresentar os mesmos problemas que são relatados à secretaria desde 2011. Ele apontou que “os relatórios se repetem e, com isso, não conseguimos ter nestas ferramentas os instrumentos para se fazer uma análise, como os valores de materiais e medicamentos acima dos cotados pela bolsa de compras, com até 40" mais altos, por exemplo”.
O petista também apontou os desequilíbrios entre os valores orçados e gastos sem justificativas nas gestões das OSS, há falta de um órgão de controle, a falta cumprimento nos prazos de entrega de relatórios que não são uniformes, além do não cumprimento das metas estabelecidas.
O secretário Uip respondeu que “as sugestões para aprimoramento dos relatórios é muito bem vista” e que realmente ele deveria vir à Casa com relatórios uniformes e apresentados em tempo correto.
O deputado ainda questionou o secretário sobre a não participação do Estado no sistema SAMU e se o governo estadual não poderia ajudar mais as prefeituras no combate à dengue, que já é uma verdadeira epidemia em São Paulo.