Reforçando a luta de entidades de fonoaudiólogos, a vereadora Telma de Souza (PT) quer saber se a Prefeitura de Santos está dispensando a devida atenção à saúde vocal dos professores e professoras da rede municipal de ensino. "Recentemente, ao se comemorar o Dia Mundial da Voz, em 16 de maio, apresentei requerimento na Câmara, indagando se existem,se existem, no âmbito das secretarias de Educação e de Saúde, programas preventivos e de tratamento a distúrbios da voz apresentados por professoras e professoras da rede municipal de ensino. Em caso positivo, como funcionam esses programas e como é feita a sua divulgação junto ao corpo docente das escolas municipais? Em caso negativo, como são tratados os casos de problemas vocais desses servidores e qual o tipo de orientação que recebem para preservar seu instrumento de trabalho e transmissão de conhecimento?”, explicou a vereadora. Segundo Telma, as recentes comemorações do Dia Mundial da Voz serviram para destacar uma grande apreensão por parte de fonoaudiólogos e de outros profissionais do setor, em função da tentativa do governador José Serra de barrar a Lei Estadual nº10.893/01. De autoria da deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT), a lei que estabelece o Programa Estadual de Saúde Vocal, destinado a proteger todos aqueles que, no estado, têm na voz o seu instrumento de trabalho e expressão, “destacando-se todos os professores e todas as professoras, que, por meio da voz, passam o conhecimento necessário às nossas crianças e aos nossos jovens”. A líder da bancada do PT no Legislativo santista, citou Maria Cristina Pedro Biz, presidente da Comissão de Legislação e Normas do Conselho Regional de Fonoaudologia (CRF), para quem os distúrbios de voz são o terceiro maior problema de saúde relatado pelos professores, que apresentam rouquidão, cansaço ao falar e garganta seca, sendo que os programas de prevenção e promoção orientam os professores à prática de hábitos saudáveis, como hidratação, aquecimento e o uso correto da voz.