04/05/2007

QUEBRA DE PATENTE: TELMA ELOGIA DECISÃO DO PRESIDENTE LULA

     “Minha posição, durante os anos em que coordenei a Frente Parlamentar em HIV/Aids do Congresso, sempre foi a de que o país deveria partir para a produção nacional dos anti-retrovirais. No meu entendimento, essa é a única garantia de que o nosso programa nacional de distribuição gratuita de medicamentos não será afetado”. Essas foram as palavras de Telma de Souza, referindo-se à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nesta sexta-feira (04/05) oficializou a quebra de patente do anti-retroviral Efavirenz.     Telma, que até o ano passado coordenou a Frente Parlamentar em HIV/Aids e representou o Parlamento brasileiro em diversos congressos internacionais, incluindo Assembléias Gerais da ONU sobre o assunto, destaca que o momento agora é de se cerrar fileiras para apoiar a decisão do governo, de modo a rechaçar quaisquer tentativas dos laboratórios multinacionais de represálias em relação ao Brasil. “É preciso deixar claro, inclusive e principalmente perante a comunidade internacional, que qualquer ato de represália que for tomado estará colocando em risco vidas humanas. Não se trata de um mero jogo político ou ideológico”, salientou Telma de Souza, acrescentando que só no caso do efavirenz mais de 75 mil pessoas no Brasil dependem dele, no momento, para continuarem vivas.        Pioneirismo - A experiência de Telma de Souza com a questão da Aids data do tempo em que foi prefeita de Santos, entre 1989 e 1992, e liderou, juntamente com sua equipe de governo comandada pelo médico David Capistrano Filho, já falecido, a implantação de medidas pioneiras de combate e prevenção à doença na cidade, que depois acabaram servindo de base para a implementação do Programa Nacional de HIV/Aids.       Entre diversas práticas inéditas, como a distribuição de seringas descartáveis entre dependentes de drogas injetáveis, Santos também foi a primeira cidade do Brasil a fornecer anti-retrovirais grátis, na rede públicas, para pessoas vivendo com HIV.      “Seja através da fabricação nacional desses medicamentos, seja por meio de acordo internacional com países produtores alternativos, como, por exemplo, a Índia, seja com a obtenção de acordos que barateiem os remédios, temos que fazer o possível e o impossível para garantir que a distribuição gratuita de medicamentos vai continuar”, prosseguiu.      Telma de Souza, que atualmente é primeira suplente do PT de São Paulo à Câmara Federal, também encaminhou mensagem de solidariedade hoje para a diretora do Programa Nacional de DST/Aids, Maria Batista Galvão Simão. “Acredito que é hora agora de  todos aqueles que defendem a vida e a cidadania se mobilizarem para apoiar a decisão do governo brasileiro e rechaçar qualquer tipo de retaliação das corporações farmacêuticas multinacionais. De minha parte, estou totalmente à disposição para  quaisquer ações que, dentro do nosso âmbito de atuação, possam contribuir para o fortalecimento de nossa luta”, diz o texto.

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