
A precariedade do atendimento à população de Itaquaquecetuba realizada pelo Hospital Santa Marcelina, na Zona Leste da capital paulista, foi tema da Comissão de Saúde da Assembleia, comandada pela deputada Telma de Souza (PT), na tarde de hoje (17/9).
A discussão foi proposta pelo deputado Gerson Bittencourt (PT), a partir de queixas trazidas pelo integrante do Conselho Municipal da Saúde, Florisvaldo da Silva, que narrou aos participantes a situação de falta de atendimento à população.
A informação foi contestada pelo representante da Secretaria de Estado da Saúde, Eduardo Ribeiro Adriano. Ele alegou que, muitas vezes, usuários marcam consultas e não comparecem. Segundo ele, o hospital faz atendimento no pronto socorro, laboratório e cirurgias.
Gerson Bittencourt interveio, informando que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) reconheceu irregularidades na contabilidade do hospital e mencionou, ainda, publicação de relatório do setor de gestão de contratos da Secretaria Estadual da Saúde, publicado no Diário Oficial, que mostra possíveis plantões médicos e atendimentos não realizados.
Dentre estes os citados, está o ocorrido em 4 de janeiro de 2011, onde em 156 minutos, teriam ocorrido 16 cirurgias. Em 10 de janeiro de 2011, teriam sido realizadas 10 cirurgias plásticas em três minutos. Na avaliação do deputado, outro caso que causou estranheza é de médico que teria atendido 10 pacientes em três minutos. O petista cobrou ainda mecanismos de controle e fiscalização das Organizações Sociais.
Ribeiro rebateu, reafirmando que não considera irregularidades e o que falta é ajuste na elaboração dos relatórios e colocou que os dados estão disponíveis no Portal Transparência do Estado.
Controle e fiscalização
A presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, Telma de Souza, defendeu a necessidade da constituição de um marco de controle e fiscalização dos atendimentos realizados pelos hospitais geridos pelas Organizações Sociais (OSs).
“Não faltam exemplos de como as unidades geridas por OSs apresentam problemas como esses narrados hoje aqui. É preciso ampliar a fiscalização. Um poder executivo jamais deve se curvar a um concessionário de serviços ou coisa que o valha”, avaliou a deputada, ex-prefeita de Santos.
Com informações de www.ptalesp.org.br
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