A CPFL Piratininga comprometeu-se a apresentar uma nova proposta para a Baixada Santista, em contrapartida ao fechamento do Centro de Operações de Santos, que havia sido anunciado pela empresa, em reunião com a deputada estadual Telma de Souza (PT), hoje (28), na Assembleia Legislativa de São Paulo. Por intervenção da parlamentar, a direção da companhia também garantiu que, em hipótese alguma, haverá demissão de todos seus 270 funcionários que atuam na região. Há cerca de um mês, a concessionária de energia decidiu encerrar as atividades do Centro de Operações, transferindo os serviços para a unidade de Sorocaba. Preocupada com interferências negativas para a distribuição de energia elétrica na Baixada Santista, que afetasse a sua população, a deputada pediu explicações à empresa através de um requerimento de informações e, ainda, a suspensão da iniciativa. Telma argumentou que “o fechamento do Centro de Operações em Santos contrasta com a onda de desenvolvimento regional”. Para ela, o crescimento do Porto de Santos, a exploração do pré-sal e a expansão imobiliária vão exigir unidades específicas. “Precisa haver uma ponderação, ainda mais porque a região está se aprontando para ser uma espécie de capital. Pode até haver motivos técnicos e financeiros muito fortes para a transferência, mas, com certeza, são muitos os motivos da relação do ponto de vista político-econômico. Não há dúvidas de que isso precisa ser revisto”, defendeu. NOVO PLANO DE SERVIÇOS O presidente da CPFL Piratininga, Hélio Viana, assegurou à parlamentar que não haverá o fechamento do centro operacional em Santos, embora exista um estudo orientador para a centralização em Sorocaba. Atendendo ao pedido da deputada, ele afirmou que a companhia irá elaborar um novo plano para os serviços na Baixada Santista, incluindo, por exemplo, a modernização do sistema em todo o Centro Histórico de Santos e em Vicente de Carvalho, em Guarujá. “A centralização das operações é fundamental para aumentar a eficiência da atividade. Mas, não há a menor hipótese de fazermos algo que vai afetar a distribuição de energia sem uma discussão pública. Pelo contrário, vamos investir mais na melhoria da disponibilidade da energia. Os nossos 270 funcionários também não serão afetados”, garantiu o empresário, ao ser questionado por Telma. Por fim, a direção da empresa anunciou a realização de novos encontros com a deputada para discutir o novo plano de serviços da companhia na Baixada Santista.