26/09/2013

NO RJ, TELMA INTERMEDIA MUDANÇA DE PROJETO PARA EVITAR DESAPROPRIAÇÕES EM SÃO SEBASTIÃO

Em reunião hoje (26/9) com a direção nacional da Transpetro, no Rio de Janeiro, a deputada estadual Telma de Souza (PT) articulou a possibilidade de a estatal ceder parte de suas áreas operacionais em São Sebastião, no Litoral Norte, para evitar a desapropriação de moradores de bairros da cidade, especialmente a Topolândia. 
 
A medida evitaria a retirada de até 90" das famílias residentes em trecho do município onde o Governo do Estado, por meio da Dersa, pretende construir o Contorno Sul da Rodovia dos Tamoios. De acordo com o traçado projetado pelo Estado, seria necessário desapropriar aproximadamente 300 moradias. No entanto, para a redução deste impacto, a Transpetro aguarda que a Dersa apresente um novo traçado.
 
No Rio de Janeiro, Telma foi recebida pelo presidente da Transpetro, Sérgio Machado. A reunião contou, ainda, com a presença de autoridades que apoiam a revisão do traçado para impedir o deslocamento em massa da população do bairro, o maior e mais adensado de São Sebastião, bem como das comunidades de Jaraguá, São Francisco e Morro do Abrigo, e, ainda, Olaria, em Caraguatatuba.
 
“Para que a obra do Governo do Estado não obrigue às famílias deixar a Topo, a Transpetro se dispõe a avaliar alterações nas suas instalações operacionais, permitindo, assim, que o traçado passe pelas suas áreas”, afirma a deputada.
 
“Mas, para que isso aconteça, a Dersa precisa apresentar o novo traçado”, condicionou Sérgio Machado. Até então, a única possibilidade para evitar a retirada das famílias era a desmontagem de um dos tanques da Transpetro no município, que abastecem o Terminal Marítimo Almirante Barroso, o Tebar. No entanto, essa possibilidade foi descartada, pois prejudicaria as atividades da empresa.
 
Sérgio Machado explicou que somente após a Dersa entregar um detalhamento do novo traçado será possível avaliar eventuais impactos operacionais com a redução dos terrenos da companhia vinculada à Petrobras.  “A desmontagem do tanque não é possível, mas, sabendo por onde vai passar o novo traçado, a Transpetro analisará se poderá deslocar parte dos serviços”.
 
Para Telma, é importante que a possibilidade de um novo traçado seja considerada pela Dersa. “Há que se levar em conta que estamos falando de uma das regiões que mais sofre com a especulação imobiliária em todo o Estado, o que deixa as famílias diretamente afetadas pelas obras muito apreensivas com seus futuros”, lembrou.

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