
Convocada por Telma, a reunião foi uma reivindicação do Ministério Público, obedecendo aos ditames da Lei Complementar 141/2012, que dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, estados e municípios em ações públicas de saúde, entre outros assuntos. Em seu artigo 36, §5º, prevê que "até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, em audiência pública na Casa Legislativa do respectivo ente da Federação", o gestor do SUS apresentará relatório detalhado referente ao quadrimestre anterior.
Na última audiência, Telma apresentou requerimento para explicações sobre a desvinculação do Hospital Universitário da USP, que foi negada pelo secretário. Nesta sessão, ela também cobrou posicionamento sobre a vacinação de jovens conta o HPV, recebendo apoio do representante do governo paulista para a ação, promovida pelo Ministério da Saúde. Ele garantiu que a vacina é segura, e que nos casos recentes de quatro garotas que tiveram efeitos adversos, descobriu-se que a causa era outra.
David Uip ainda apresentou o relatório de Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) referente ao segundo quadrimestre de 2014. Também falou das santas casas e hospitais filantrópicos, cujo atendimento é majoritariamente pelo SUS. Segundo ele, a dívida destas instituições chega a R$ 17 bilhões, por conta deste subfinanciamento e por problemas de má gestão, reconheceu David Uip, que ainda citou a "lógica equivocada" da ocupação desigual dos leitos das santas casas, que fazem com que haja cerca de 21 mil leitos desocupados, embora haja superlotação em algumas cidades.
Telma também reclamou que Governo do Estado não custeia o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). David Uip explicou que haverá reunião com o Ministério da Saúde para que as equipes do Samu possam agir em conjunto com as do Grupo de Resgates e Atenção às Urgências e Emergência (Grau), para que possa ser acionado um ou outro serviço, dependendo do caso a ser socorrido, através de um único número de telefone.