
A audiência pública fez parte da série de cinco debates promovidos pela Comissão de Saúde e Higiene da Câmara Municipal, da qual Telma é a presidente. Além da discussão na região dos Morros, também já aconteceu na Zona Noroeste. Ainda serão realizadas nas regiões Central, Orla e Área Continental.
"Os Morros não têm hospitais, UPA, pronto-socorro. Então, a Atenção Básica precisava ser de muita qualidade, para atuar na prevenção a doenças, pois nós sabemos que 80" dos casos de saúde podem ser tratados e resolvidos na Atenção Básica. Mas, como as policlínicas têm mais a qualidade de antes, a população precisa ir direto para os serviços de urgência e emergência e de média e alta complexidade, quando poderiam ser evitados, se os Morros tivessem unidades com bom atendimento. Tudo isso reforça que há graves problemas de gestão na Saúde Pública de Santos", criticou a ex-prefeita, mestra em Saúde Coletiva e responsável pela implantação do Sistema Único de Saúde na cidade.
Os moradores reclamaram, sobretudo, da falta de médicos e de respeito e atenção com os pacientes. Presidente da Associação por Moradia Popular dos Morros de Santos, Luiz Carlos de Souza, o Cabeça, questionou o despreparo e a falta de humanização no atendimento. "São muito grossos e sem educação. A pessoa busca resolver o problema no serviço médico, mas também quer ser cuidada, com generosidade. Isso deixa muito a desejar".
Do mesmo modo, Aline Santana, líder da Vila Resistência, questionou a falta de profissionais na Policlínica do Santa Maria. "Uma única médica atende a população toda. Ela é pediatra, é ginecologista, clínica geral, é tudo com ela. O que a gente precisa é de mais médicos. Não adianta só inaugurar policlínica e não ter médico suficiente para atender", criticou.
Célia Cruz Oliveira foi mais além. Segundo ela, faltam pediatras e, por vezes, nega-se o atendimento a crianças nascidas em outros municípios. "Tem um caso que precisou da ajuda da agente de saúde, porque o pessoal da unidade de saúde não queria atender porque a mãe não levou o comprovante de residência, mas ela ainda estava regularizando os documentos depois de ter feito a mudança".
PROBLEMAS DE GESTÃO - Os participantes da audiência também criticaram o fato de não serem ouvidos pela Secretaria de Saúde. Nicanor Jorge Almeida criticou a ausência do secretário de Saúde, Fábio Ferraz, nas audiências públicas itinerantes. "Se acontecem audiências nos bairros é porque a Telma percebeu que precisa levar a discussão para a população, e não fazer com que a população desça o Morro e vá até à Câmara. Agora, o secretário, que é advogado, não é nada na Saúde, não apareceu na audiência da Zona Noroeste, não apareceu nesta nos Morros e não bota a cara para bater".
Nelson Melchior, da Associação Acorda Castelo, reforçou a crítica: "Minha sugestão é que as próximas audiências sejam marcadas na Rádio City, às 7 da manhã, onde o secretário está todos os dias falando que a Saúde está bem em Santos".
Representando a Secretaria de Saúde, os chefes dos Departamentos Pré-Hospitalar e Hospitalar e de Atenção Básica, Marcos Sérgio e Haroldo de Oliveira, respectivamente, justificaram que o secretário estava em São Paulo. Admitiram a falta de médicos e afirmaram que vão avaliar as queixas apresentadas pelos moradores.
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