O que estava programado para ser uma reunião com os moradores do Morro do José Menino, em Santos, neste domingo (25/7), transformou-se em um encontro cheio de recordações do tempo em que a vereadora Telma de Souza (PT) foi prefeita da cidade. Ao ouvir os depoimentos e as lembranças da comunidade, a parlamentar ficou emocionada com o reconhecimento e o apoio dos moradores locais. “Se hoje temos um teto seguro e um muro de arrimo, é graças a você, que, enquanto prefeita, deu o primeiro passo para que o morro do José Menino se transformasse. Se hoje temos uma policlínica e não precisamos mais pisar na lama para entrar em casa, é graças a você que asfaltou o morro, que nos ofereceu mais dignidade”, disse Regina Pimenta, que reside no morro há mais de 40 anos. Durante a conversa, Telma lembrou que logo que assumiu a Prefeitura, foi ao local para tirar as pessoas das áreas de risco. “Transferimos aquela gente para pontos mais seguros, com tudo documentado. Nunca me esqueço de um senhor que se dirigiu a mim e disse bem assim: ´Ô, Telma, nós éramos fantasmas. Agora, existimos; nosso nome tá no papel´. E isso me emocionou de uma forma que eu nunca mais esqueci”, disse. Porém, ao caminhar pelas ruelas, Telma teve a impressão de que o local foi esquecido pelo poder público, que foi confirmada em uma segunda reunião com a população. “Eles relataram diversos problemas quando o assunto é transporte público. Mas não é só. Eles reclamaram, ainda, a falta do EJA - Educação de Jovens e Adultos - no morro e o fechamento da escola municipal durante o período noturno. A coleta de lixo também é falha. Segundo a população, há pontos em que o lixo é recolhido apenas uma vez por semana, acumulando sujeira e contribuindo com a proliferação de ratos”. Antes de a reunião terminar, a parlamentar comprometeu-se em apresentar trabalhos cobrando mais empenho do Executivo em relação à infraestrutura do local e à qualidade de vida da comunidade. “A mensagem que a população me deu quando me elegeu a vereadora mais votada da história de Santos e, proporcionalmente, do Brasil, é de que não posso parar. Por isso, vamos continuar nossa luta”.