Mais de 50 servidores públicos paralisaram por 20 minutos a sessão da Câmara de Santos desta segunda-feira (27/9). Nesse espaço de tempo, a vereadora Telma de Souza, que preside a Comissão Permanente de Educação, ouviu com atenção as reivindicações de um grupo de monitores de creches da rede pública municipal. Há quase duas décadas eles lutam para que a Secretaria de Educação de Santos (Seduc) os reconheçam como professores. “Já protocolamos, junto à Prefeitura, um abaixo assinado com quase sete mil assinaturas pedindo justiça, pois os monitores são formados em pedagogia, exercem as mesmas funções de um professor, porém têm um salário inferior, além de não contarem com os mesmos benefícios. Por conta disso, a Secult informou que os monitores serão remanejados de suas unidades de atuação. Porém ninguém falou o motivo dessa pulverização. Essa falta de reconhecimento e respeito espanta. Por isso estamos aqui, pedindo o apoio da Câmara” disse o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv), Flávio Saraiva. Em defesa da categoria Telma - que (dia 26/8) se reuniu com cerca de 15 monitoras da rede pública municipal para discutir o impasse - prometeu, em plenário, que continuará lutando pela causa, até que tenha um desfecho justo. “Há muitos anos essas profissionais brigam pelo reconhecimento. Em cidades como Cubatão e São Paulo, as monitoras já venceram essa batalha. E Santos, que é uma cidade de vanguarda, está atrasada neste sentido. Precisamos, urgentemente, garantir justiça a esses trabalhadores para, consequentemente, proporcionarmos uma educação de qualidade às nossas crianças. Isso é sagrado e a atual situação não pode continuar”, falou Telma, que foi aplaudida em plenário pelo grupo de monitoras e servidores públicos.