“Numa linguagem carinhosa, que a gente costuma usar, quem fez mais pela educação neste país foi um peão, que não teve a oportunidade de estudar. Este peão deu mais atenção à educação que aquele outro presidente, letrado, poliglota”. A frase é da deputada federal Telma de Souza (PT-SP) ao abrir uma plenária de sua campanha pela reeleição, sábado à tarde, em Cubatão. Telma, educadora por formação, apoiou-se no fato de estar cercada de professores, como a vereadora Márcia Rosa e Fábio Inácio, presidente do PT local. Sobre as realizações do governo Lula na educação, Telma citou algumas medidas, como o Programa Universidade Para Todos-Pró-Uni. Criado em 2004, o programa tem como finalidade a concessão de bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de baixa renda, em cursos de graduação e seqüenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior, oferecendo, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas que aderirem ao programa. No primeiro processo seletivo o ProUni ofereceu 112 mil bolsas em 1.142 instituições de ensino superior de todo o país. Nos próximos quatro anos, o programa deverá oferecer 400 mil novas bolsas de estudos. Outro avanço na educação foi a aprovação do Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Ela criticou o fato de a oposição ter dificultado a votação do projeto de lei. “Ele só foi votado em junho, atrasado um ano, porque a oposição não queria votar. Não se faz luta política deste jeito, porque quem perdeu foram as crianças”, disse, indignada. Preconceito e discriminação foram outros temas pontuados na fala da deputada. “Febem, Febem, só ouço falar em Febem. O Mercadante –candidato a governador- vem com a proposta de mudar estes 12 anos de governo somente para as elites, no Estado de São Paulo. “Eles não falam em emprego, escolas, mas em presídios. De 67 CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) apresentadas na Assembléia Legislativa em São Paulo, nenhuma foi adiante, porque o governo do Estado impediu. “Com esta política, a gente vai se tornando cidadão de segunda classe, e é preciso reverter isso, dando mais quatro anos para o governo Lula aprofundar as reformas sociais”, disse. Missa Campal: domingo pela manhã, Telma participou de uma missa campal no Caminho São Sebastião, no Dique da Vila Gilda, na Zona Noroeste, em Santos. Celebrada pelo padre José Raimundo, da Paróquia Sagrada Família, na Praça Bruno Barbosa, no Jardim Castelo, a missa teve a intenção de homenagear a comunidade local, que realizou a 2ª Festa do Pescador Artesanal. Após a missa, a imagem de Nossa Senhora seguiu em procissão. O evento contou também com um passeio de barco, saindo do Rio do Bugre, indo até a Ilha Caraguatá, em Cubatão.