EMPREENDEDORISMO JOVEM É DEBATIDO POR TELMA COM UNIVERSITÁRIOS
Numa promoção da Associação Comercial de Santos, em um encontro a fim de discutir Empreendedorismo Jovem, na noite de ontem (28), Telma sugegiu a criação de mecanismos para o financimento a aprendizes enquanto sob a tutela de escolas ou instituições. "Poderia ser um Banco do Povo Jovem, por exemplo. E o financiamento estaria condicionado à inserção no mercado de trabalho, em uma metodologia a ser elaborada", defendeu Telma.
Veja os temas abordados e a opinião de Telma
Primeiro Emprego, Ensino Técnico e Superior Técnico, Pré-Sal
Até o ano passado, das 2,4 mil vagas oferecidas pelo Prominp, que é o Programa de Mobilização da Indústria do Petróleo, nos quatro ciclos anteriores, na Baixada Santista, apenas 1,1 mil foram aproveitadas. Isto devido à deficiência no aprendizado de matemática e português. Então, a imediata melhoria da qualidade do ensino ainda é o melhor instrumento de promoção do jovem na sociedade e no mercado de trabalho.
O aprendizado sobre economia doméstica e empreendedorismo deve ser inserido nas aulas de matemática, em que os alunos aprendem a calcular, aprendendo também a planejar, propor, produzir, realizar, arrecadando e administrando recursos de maneira real. Há modelos em vigor planamente satisfatórios, promovendo o envolvimento do aluno e da comunidade. Exemplo: a realização de eventos festivos, ou não, ou ainda, a produção de bens e a prestação de serviços. Ou ainda, como exemplo, campanhas de mobilização para melhorar a própria escola ou algo na comunidade. Tudo isso deve começar na escola, relacionado ao aprendizado de matemática, de forma multidisciplinar.
Na sociedade civil, entidades como a Associação Comercial, o Sebrae, e mesmo o Senai ou Senac, e ainda do terceiro setor, como ONGs, podem e devem ser estimuladas a aprimorar suas ofertas e ações neste campo. A aproximação com o Sindicato da Pequena e Microempresa também deve ser estimulada. Há uma possibilidade enorme de ações, desde que isto seja uma política de governo local e/ou regional. O estreitamento de relação entre as empresas e a universidade e os cursos técnicos deve ser uma meta. Deve-se atentar não apenas para a intenção em se atender as demandas do mercado por treinamento, mas também em se estimular setores específicos e estratégicos, e principalmente, formando o cidadão capaz de refletir sobre sua ação no mundo. Não se trata de apenas treinar mão-de-obra, mas de formar cidadãos. Disso se depreende toda uma metodologia de ensinamento, visando não apenas horas de treinamento, mas também de fundamentação filosófica.
Facilidades para jovem empreendedor investir na Baixada Santista
O pré-sal fomentará todas as cadeias de negócios, da educação à indústria, passando pelo comércio e a prestação de serviços. Em 20 anos ou menos, pequenos negócios poderão se tornar grandes empresas. A visão sobre o funcionamento do setor petrolífero precisa ser disseminada na juventude escolar. As oportunidades serão as mais variadas como, por exemplo, no turismo de negócios, com significativo desenvolvimento da rede hoteleira. Necessitaremos de maior prestação de serviços em função do atendimento ao boom imobiliário já em curso. Deve-se ter atenção para as atividades correlatas ao petróleo e gás. Novos setores serão atraídos, numa gama infinita de possibilidades. Note-se a necessidade da formação e do aprimoramento profissional, com o crescimento das exigências por parte do público consumidor. Atenção para a mudança do perfil do mercado, o crescimento do padrão, também impulsionada pela chegada de empresas multinacionais.
Financiamento ao jovem empreendedor e fomento
Quando sob o guarda-chuva de uma instituição, o jovem deve ter facilitado o crédito, principalmente no sistema público. É possível criar novas fórmulas, como por exemplo, o Banco do Povo Jovem. É uma idéia. Quando em um curso, treinamento ou programa supervisionado, por instituição reconhecida, poderão ser propostas linhas de financiamento para atendimento ao jovem empreendedor. A instituição do aluno funcionaria como uma espécie de avalista ou parceira do aprendiz, dentro de uma modelagem previamente definida. Pode-se chegar à elaboração de um programa que seja do interesse dos cursos, das escolas, das instituições de ensino, tanto públicas quanto privadas, para que enfim, “patrocinar” o jovem empreendedor seja altamente interessante. A obtenção dos benefícios, tais como crédito ou isenções, descontos, facilidades, estaria vinculada à inserção do jovem no sistema produtivo, com acompanhamento em moldes parecidos com o que hoje é a incubação de empresas. Há boas possibilidades de aprofundar projetos com esta especificidade. A sociedade precisa ser parceira.
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