Em pronunciamento, Telma defende a decisão da Petrobras em definir como sede do Escritório
Durante pronunciamento na Câmara dos Deputados, realizado na última sexta-feira (20/01), a deputada federal Telma de Souza (PT-SP) defendeu a escolha de Santos como futura sede do escritório de negócios da Petrobras. A escolha do município santista, anunciada pela estatal há cerca de 10 dias, vem sendo criticada por lideranças políticas do Rio de Janeiro, pelo fato de Niterói, que também disputava o equipamento, ter sido preterida.
Da tribuna da Câmara, Telma afirmou, de forma veeemente, que Santos foi escolhida por critérios técnicos, e citou declarações de especialistas e técnicos do setor, além de argumentos da direção da empresa. A deputada lembrou que se apenas os critérios políticos fossem levados em consideração, como afirma os críticos da opção por Santos, Niterói era mais a indicada já que é administrada pelo prefeito petista Godofredo Pinto.
Em seu discurso, Telma fez um retrospecto de toda a luta pela implantação do escritório, iniciada na campanha para a prefeitura muncipal em 2000, quando foi duramente criticada pelos adversários. A parlamentar também lembrou daqueles que contribuiram com essa empreitada. “Em que pese a contribuição de todas as pessoas que se empenharam em conseguir trazer para Santos o Escritório de Negócios de Gás e Petróleo da Petrobras, é essencial ressaltar o papel fundamental do Sindicato dos Petroleiros nessa empreitada, hoje sob a presidência de Alexandre Jatczak Almeida. Foram os trabalhadores, através de sua entidade regional, que deram início à luta não apenas pela implantação da unidade no município santista, mas também pelo reconhecimento do potencial da Bacia de Santos.”
Telma também ressaltou a união das forças políticas da região e do estado e criticou aqueles que tentam desmerecer o potencial da unidade para o desenvolvimento da região. “É preciso deixar claro que, embora Santos tenha sido escolhida a partir de critérios técnicos, não há dúvida que esse foi um resultado determinado também por todas as forças políticas e sociais locais que, apesar dos inúmeros obstáculos surgidos, acreditaram e se envolveram nessa luta. Tentar diminuir e menosprezar essa vitória coletiva, qualificando-a como mero espetáculo pirotécnico, é também diminuir e menosprezar o poder dessas forças, não só reconhecendo seu valor em relação ao objetivo alcançado, mas também no que se refere a sua capacidade de garantir que a cidade de Santos e a Baixada Santista tenham seus direitos respeitados, através da consolidação de todos os benefícios potenciais que a unidade de negócios da Petrobras nos coloca para um futuro bem próximo”.
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