Membro da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a deputada estadual Telma de Souza (PT) participa hoje (21), das 13 às 17 horas, no Bloco Cultural de Cubatão (Praça dos Emancipadores, s/nº, Centro), de um debate sobre os desafios da prevenção, atendimento e reinserção social de usuários de crack e outras drogas na Baixada Santista. Dados da Frente de Enfretamento ao Crack da Alesp – coordenada pelo deputado Donisete Braga (PT) – apontam que 44% dos usuários de drogas na Baixada Santista se utilizam do crack. Identificaram, também, que um em cada quatro usuários desta droga (ou 25%) tem até 20 anos de idade. Se considerada a população até 35 anos, o índice atinge 70 pontos percentuais. Os números foram obtidos junto a seis das nove cidades da Região, cedidos pelas prefeituras municipais (todas foram convidadas a participar da pesquisa). Juntas, as cidades participantes – não forneceram dados Santos, Praia Grande e Itanhaém – somam 906.113 habitantes, ou 54% de toda a Região. No que se refere ao tratamento dos dependentes, a Baixada Santista aparece com um índice de reincidência superior a 50%. No entanto, as prefeituras das seis cidades que colaboraram com o estudo, mesmo não recebendo recursos públicos para o combate às drogas, têm contribuído com as comunidades terapêuticas, entidades que acolhem os usuários. Para a deputada Telma de Souza, o esforço para o combate ao crack deve ser coletivo, sobretudo numa região metropolitana. "O Governo de São Paulo precisa tomar para si essa responsabilidade, ajudando as prefeituras a desenvolver programas de prevenção, recuperação e reinserção social dos usuários, pois essas são ações intrinsicamente relacionadas. Os municípios não podem agir isoladamente, com estratégias difusas”, destacou a parlamentar. “É preciso encarar o problema de frente”, complementou. A Frente Além de Telma e do deputado Donisete Braga, a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack na Alesp conta com outros 26 parlamentares. Além dos prefeitos e deputados, foram convidados para o debate secretários municipais, vereadores, lideranças comunitárias, conselhos de Saúde, de defesa da Criança e do Adolescente, de Segurança, entre outros. A pesquisa realizada abrangeu 325 dos 645 municípios paulistas, que representam 31 milhões de pessoas.