20/10/2006

DEBATE NO SBT: LULA FOI O GRANDE VENCEDOR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o grande vencedor do debate desta quinta-feira (19), promovido pelo SBT e conduzido pela jornalista Ana Paula Padrão. A exemplo do que havia ocorrido no debate anterior, na TV Band, Geraldo Alckmin deixou várias perguntas sem resposta, principalmente sobre privatização, não apresentou uma única proposta concreta, apenas chavões, e não admitiu um único avanço deste governo, mostrando estar desconectado da realidade. Além disso, Alckmin incorreu no erro de tentar defender o governo de FHC. Nesse ponto, Lula exibiu uma série de dados que não deixaram dúvida de que, em apenas quatro anos, o seu governo fez muito mais do que o dos tucanos em oito anos. “Nunca a economia esteve tão bem. O Brasil está preparado para dar o próximo passo”, resumiu o presidente. No primeiro bloco, Lula falou sobre a agricultura. Apesar dos problemas ocorridos no campo, nos últimos meses, principalmente por causas climáticas, o presidente mostrou números positivos aos telespectadores. “Sabemos que a agricultura é um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento do país. Fizemos muito, o possível e o impossível, como o plano de safra, onde aplicamos R$ 60 bilhões, sendo R$ 50 bilhões no agronegócio e R$ 10 bilhões na agricultura familiar”, disse Lula, acrescentando que, para enfrentar futuras crises que possam surgir, criou o Seguro-Agrícola. Lula também lembrou ao adversário, quando esse insistiu no tema do dossiê, que “se as coisas estão aparecendo, é porque o governo está apurando, doa a quem doer. O papel do presidente é garantir esta investigação”, afirmou Lula, ressaltando que em outros períodos, isso não acontecia, já que a criação de CPIs e outras apurações eram “empurradas para debaixo do tapete”. Alckmin não soube responder a alguns temas propostos por Lula. Ele se esquivou quando questionado sobre temas como a segurança pública, a crise no ensino em São Paulo e, principalmente, a privatização das empresas estatais feitas no durante o governo Fernando Henrique Cardoso e na própria administração de Alckmin à frente do governo paulista. “Esse é um tema que Alckmin não gosta muito”, afirmou Lula, ao perguntar a seu adversário qual é sua posição sobre o tema privatização. Alckmin não respondeu. Ao responder a Alckmin sobre uma pesquisa de uma revista inglesa, Lula foi taxativo: “Se deu no New York Times (principal jornal americano) vale, se não deu, não vale. Ainda tem gente colonizada intelectualmente. As nossas exportações batem recordes, nunca a economia esteve tão bem. O Brasil está preparado para dar o próximo salto, que é o crescimento. Posso olhar para cada homem, para cada mulher e dizer: finalmente nos preparamos para crescer.” O presidente ainda deu vários exemplos de crescimento no país, principalmente na área social, na saúde, na educação e na redução da desigualdade social. “A saúde pública nunca esteve com a qualidade de atendimento como está. Sei de saúde pública, e sei o que herdamos. Certamente melhoramos”, afirmou Lula, esclarecendo que ainda é necessário fazer muito mais, o que ele se comprometeu a realizar em um segundo mandato. Lula também perguntou, mas não obteve respostas de Alckmin, de como o candidato tucano iria cortar os gastos públicos. O mesmo aconteceu quando o presidente lembrou que o Programa Luz Para Todos não teve a contrapartida do governo Alckmin em São Paulo. Ao final, Lula mostrou mais números de seu governo, pediu para que os eleitores refletissem sobre suas propostas e sobre os dois projetos que foram lançados nesta campanha eleitoral. O dele, de acabar com a desigualdade social, e o de Alckmin, que é governar para elites e privatizar.

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