15/12/2006

CONSULADO PORTUGUÊS:TELMA APELA A AUTORIDADES DE PORTUGAL E DO BRASIL

 Em maio, Telma e Maria Lúcia participaram de manifestação em frente ao consulado português em Santos   “É uma notícia triste e, se ela vier realmente a se confirmar, será motivo de transtornos para muitas pessoas. Vamos, mais uma vez, tentar sensibilizar as autoridades, brasileiras e portuguesas, para que se empenhem em reverter essa situação”. Dessa maneira a deputada federal Telma de Souza (PT-SP) reagiu hoje (15/12) à informação de que o governo português realmente pretende fechar o consulado português em Santos.    De imediato, a deputada encaminhou ofícios aos ministérios das Relações Exteriores do Brasil e de Portugal e à Embaixada portuguesa, manifestando sua apreensão quanto aos problemas que o fechamento da repartição diplomática em Santos trará à colônia lusitana na cidade e na região.    Nos documentos encaminhados hoje, Telma de Souza destaca que há tempos vêm se empenhando para o não fechamento da representação diplomática e salienta que, segundo lideranças da comunidade lusitana, a Baixada Santista abriga hoje cerca de 90 mil imigrantes portugueses, sendo a repartição de Santos uma das mais ativas do Brasil. Há, no consulado, cerca de 30 mil pessoas inscritas e, por ano, são executados 12 mil atos consulares. O serviço mais requisitado é o de concessão de dupla cidadania, que interessa a descendentes de portugueses. Mas o maior prejuízo pode ser causado a cerca de 500 idosos carentes que recebem o Azic — um auxílio financeiro dado pelo governo português. O benefício é pago em cheque, que precisa ser retirado no consulado. “Todas essas atividades serão transferidas para a cidade de São Paulo, com os previsíveis transtornos futuros”, enfatizou a parlamentar.    Telma de Souza também recordou que, ela e a deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT-SP) tomaram uma série de iniciativas em defesa da manutenção do consulado: “Em abril de 2006, estivemos reunidas com a conselheira de Assuntos Consultares de Portugal, Carla Grijó, que nos garantiu que, embora houvesse a intenção do governo português de promover uma adequação financeira na sua rede de representações diplomáticas, não procediam as especulações sobre o fechamento da unidade de Santos. Naquele mesmo mês, entregamos, através da Embaixada de Portugal, um dossiê encaminhado ao Ministério de Relações Exteriores daquele país, destacando a importância da manutenção da repartição santista. Pouco depois, a comunidade portuguesa da região e lideranças da sociedade civil local promoveram uma manifestação festiva na porta do consultado de Santos, com o objetivo de sensibilizar as autoridades lusitanas no sentido da representação santista ser preservada.”    Finalizando, a deputada enfatiza: “Pelas últimas informações que nos chegam, parece que esses e outros esforços não surtiram o efeito desejado. Peço, portanto, sua intervenção, para que a decisão de se fechar o Consultado de Portugal em Santos seja revista, em função da importância que tal repartição tem para milhares de portugueses e seus descendentes que vivem na Baixada Santista.”      

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