A Comissão Permanente de Educação da Câmara de Vereadores constatou problemas nas escolas Pedro Crescenti e Zulmira Campos, ambas no Jardim Castelo, na Zona Noroeste de Santos. As vistorias foram realizadas na manhã desta terça-feira (28), em prosseguimento a um roteiro de visitas programado pela comissão, presidida pela vereadora Telma de Souza, líder do PT na Câmara. Também participou o vereador Marcelo Del Bosco Amaral (PPS).      Na Pedro Crescenti, além de falta de manutenção, um grande problema é a ausência de infra-estrutura específica para o atendimento de crianças a partir de cinco anos, que foi iniciado a partir deste ano. Banheiros e bebedouros, por exemplo, não são adequados para essa nova faixa etária, como também não há parque infantil. Na Zulmira Campos, embora a escola esteja passando por manutenção hidráulica e elétrica, a grande preocupação é de âmbito pedagógico. Segundo foi apurado, são frequentes os atos de agressivida por parte de alunos. Nesse aspecto, a avaliação feita pela comissão de vereadores, após contato com os professores, é que é necessário criar um maior vínculo entre os estudantes e a escola, bem como aumentar a sua autoestima. A Escola Pedro Crescenti vive os mesmos problemas já detectados em outras unidades de ensino. A equipe de manutenção é chamada, mas ou não comparece ou não resolve os problemas. Dessa forma, sobram telhas quebradas, forros furados ou que já caíram. Como resultado, uma luminária já despencou sobre um aluno, conforme relatou o corpo docente. Ao mesmo tempo, as muitas goteiras provocam a deterioração de armários de metal, que já estão com portas emperradas. Como choveu antes da vistoria, baldes, panos e poças eram visíveis. E há ainda questões menores, que seriam facilmente resolvidas com um plano permanente de manutenção, como fios expostos e ralos inadequados, que já provocaram tombos de adultos e crianças. Na Escola Zulmira Campos, a grande preocupação do corpo docente é com o comportamento dos alunos. Segundo relatos colhidos no local, a escola tem uma imagem negativa. Os alunos mostram comportamento agressivo e, aparentemente, não gostam da escola. Além disso, conforme apurou a comissão, outras escolas da região estariam negando vagas quando o aluno é proveniente da Zulmira Campos. "Essa transformação necessária deve ser tomada pelos professores como um desafio. É preciso todo o esforço pedagógico para envolver os alunos, oferecendo atividades que os atraiam, como, por exemplo, capoeira, hip hope ou dança de rua", afirmou Telma diante dos profissionais que receberam a comissão de vereadores. Até o momento já foram vistoriadas dez escolas. Está sendo elaborado um relatório sobre essas vistorias e a comissão pretende convocar uma audiência pública para cobrar providências da Secretaria Municipal de Educação.