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  • COM VOTO CONTRÁRIO DA BANCADA DO PT, ALESP APROVA LEI DA OPERAÇÃO DELEGADA
    14/11/2012

    COM VOTO CONTRÁRIO DA BANCADA DO PT, ALESP APROVA LEI DA OPERAÇÃO DELEGADA

    Mesmo com os protestos e críticas da bancada oposicionista, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou, na noite de ontem (13/11), o projeto de autoria do Governo do Estado de São Paulo que permite a formalização de convênio das prefeituras com a Polícia Militar, para fazer a segurança patrimonial e aumentar a presença de efetivos nas ruas - a chamada Operação Delegada.

    A deputada estadual Telma de Souza, assim como toda a bancada do PT, se manifestou contra a propositura e questionou a condução do processo de votação do projeto no Parlamento. Em protesto à aprovação da proposta, Telma destacou a grave situação vivida pelo Estado, com a atual crise da segurança pública. “Até quando assistiremos essa situação, de mortes no Estado de São Paulo?”, indagou a deputada, no debate em plenário. 

    Na avaliação de Telma, o projeto do Governo de São Paulo é um engodo para dar a sensação de que se está resolvendo o problema da crise da segurança. “A Operação Delegada apenas aumenta, às vistas da população, o número de PMs nas ruas das cidades. Segurança não é só colocar mais PMs na rua. Temos que atacar o problema pela raiz. O governo tem que fazer investimentos no esporte, educação, lazer, centros de informatização”, argumentou a deputada, que expressou solidariedade a todos que perderam seus amigos e familiares, vitimas da crise da segurança pública em São Paulo. 
     
    Bicos
    O principal argumento da oposição contrário à proposta do Executivo foi de que através dela se oficializa o chamado "bico" policial, transferindo para o município atribuição do Estado que é legalmente o responsável pela segurança pública. 

    Os petistas, que foram à tribuna do plenário criticar a iniciativa do governo, também destacaram que além de não resolver o problema dos baixos salários policiais, a medida é tomada em momento inadequado em que se contabiliza na capital inúmeras mortes tanto de policias militares como de civis supostamente envolvidos com o crime organizado.

    A bancada do PT encaminhou voto contrário por escrito ao substitutivo aprovado. O líder do PT na Alesp, Alencar Santana, anunciou que o partido está recolhendo assinaturas apresentar, na Casa, um pedido de CPI para investigar a crise na Segurança Pública do Estado.

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