Desativada pelo governo paulista há cerca de dois anos, a Central passou a distribuir as vagas hospitalares da Baixada de forma centralizada na Capital. A prática era condenada pelos agentes de saúde, pois prejudicava o atendimento de pacientes.

A Cross voltou a gerenciar as vagas regionais em julho último. Segundo os dirigentes estaduais, foi necessário centralizar para organizar o serviço até que fosse possível executá-lo novamente na região. No período em que a distribuição foi centralizada na Capital, pacientes do sistema público reclamavam da ausência de leitos na região, já que estes também eram ocupados por usuários de outras localidades.

Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, Telma afirmou que, caso a Central tivesse sido regionalizada com mais antecedência, mortes e complicações médicas teriam sido evitadas. “Agora, com a volta para a Baixada, a Cross precisa apontar ao Governo do Estado que ainda existe um déficit muito grande de leitos na região, de vagas de UTI Pediátrica, de rede de urgência e emergência”, destacou.

O coordenador do Cross no Estado, Domingos Guilherme Napoli, disse que o órgão faz a regulação da oferta de serviços e análises sobre onde há ou não estrutura de atendimento suficiente. Já o coordenador de Regiões de Saúde paulista, Affonso Viviani Júnior, contou que existe um plano para que a central de vagas seja descentralizada em todas as regiões paulistas até o final do próximo ano.