Baixada tem importância estratégica para São Paulo, diz Mercadante
As atividades da Unidade de Negócios de Gás e Petróleo da Petrobras da Baixada Santista, com a consequente geração de empregos e demanda de bens serviços, são, na opinião do senador Aloízio Mercante e candidato a governador de São Paulo pelo PT, fundamentais para alavancar o desenvolvimento regional nos próximos anos, conforme afirmou na última quinta-feira (06/07), durante o lançamento de sua candidatura, em Santos, cidade onde nasceu. “Sobre o projeto do gás, nós lutamos muito, eu, a Telma e deputados da Baixada, para trazer para cá a unidade da Petrobras. Ela vai coordenar um projeto estruturante do desenvolvimento da Baixada e do Estado de São Paulo. Serão US$ 18 milhões para investimentos em dez anos. E a exploração do gás vai pagar royalties para todos os municípios da Baixada”, disse Mercadante. Para Telma, que desde 2000 se empenhou na luta para trazer a unidade de gás para Santos, as declarações do senador demonstram que “ele está consciente do potencial da região em futuro próximo e da sua importância no desenvolvimento econômico e social do Estado de São Paulo e do país. É gratificante que o nosso candidato ao Governo Estadual explicite essa visão justamente em seu primeiro dia de campanha e justamente na cidade onde nasceu.” Mercadante deixou claro que está colocando peso político na proposta de transformação econômica da Baixada Santista. O empenho pessoal do senador pela instalação de uma unidade de negócios da Petrobras na cidade, bem como os recursos que estão sendo repassados pelo Governo Federal, mostram, segundo ele, que a região ganha vez mais importância no cenário político atual. Conforme o senador, a Baixada está tendo uma atenção que há muitos anos não tinha por parte do Governo Federal. “Só este ano estamos transferindo R$ 32 milhões para Santos, para a construção de moradias populares, para acabar com as palafitas. Para a Baixada toda são R$ 67 milhões em projetos do governo federal para casas populares, para a faixa de zero a cinco salários mínimos, porque o CDHU financia para a faixa acima de cinco salários mínimos. E o grande problema é na faixa de baixa renda”, afirmou.Entre outros projetos locais, defendeu a regionalização do Porto de Santos, para o qual aponta a necessidade de acelerar a construção do Rodoanel, melhorando o acesso viário, e a criação de um complexo de lazer, comércio, com marina, na região do Valongo, em Santos. Em ato na Praça Mauá, no centro da cidade, a deputada federal Telma de Souza (PT-SP) foi a escolhida para fazer a saudação incial a seu colega de partido: “Ele nasceu em Santos e, de uma maneira afetiva e correta, decidiu começar a campanha aqui na nossa cidade. Ele tem feito muito, tem dado sustentação ao governo Lula, para que nós possamos fazer avançar as propostas sociais como o Bolsa Família, o Prouni, o Agente Jovem, e agora, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), aprovado há dois dias, a situação da pequena e micro- empresa, que será votada em breve, e programas que garantiram, inclusive, 5% de redução da desnutrição em estados do Nordeste, o aumento do poder aquisitivo de 7% do salário mínimo, o controle da inflação... Isso tudo significa o governo Lula e também Aloizio Mercadante dentro do Senado”. Prosseguindo, Telma afirmou: “Vamos votar no Aloizio porque sabemos a pessoa que ele é, sabemos como ele se comporta, o padrão de vida que ele tem e a sua personalidade. Ser líder do governo no Senado não é fácil. É coisa para gente valente, para gente muito decente, idônea e com capacidade de trabalho, como Aloizio tem. Precisamos votar em Mercadante e ajudar Lula a ter um segundo mandato, para aprofundar as mudanças que o país precisa”, afirmou. Cumprindo extensa programação, Mercadante visitou o Paço Municipal, reuniu-se com sindicalistas portuários, encontrou-se com o técnico de futebol Wanderley Luxemburgo – que declarou seu apoio ao candidato -, recebeu uma camiseta de seu antigo colégio (o Canadá) e visitou a Bolsa Oficial do Café. Mercadante criticou o atual estado do sistema prisional, que chamou de universidade do crime, cuja preparação para acesso se daria na Febem. “Vamos acabar, sim, com a Febem. Todos os estados acabaram e nós vamos acabar em São Paulo também. Porque tem de haver uma política de recuperação. Hoje, quando alguém sai, os que estão ali ficam perfilados cantando o hino do PCC”, disse. Ainda sobre segurança, Mercadante declarou que intercedeu junto à Polícia Federal, no sentido de queos agentes penitenciários possam portar armas. “Eles estão sendo mortos covardemente. Conversei com o governador, que mostrou-se simpático à idéia. É uma questão republicana e não partidária”, afirmou. Além da reforma do sistema prisional, o senador defendeu também mudanças no ensino público. “Eu, que estudei no Colégio Canadá, sou testemunha do ensino público de qualidade. A escola pública tem de voltar a ter a qualidade que já teve no passado e que no Estado de São Paulo não tem mais”, disse.
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