Respondendo a algumas críticas a respeito de sua ausência às sessões de depoimentos das Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito, a deputada federal Telma de Souza declarou que se mantém “integralmente informada sobre os graves e tristes episódios” revelados no âmbito das CPMIs em curso, mas argumentou: “Não vejo motivos para permanecer nos locais onde tais comissões atuam, já que não sou integrante das comissões. Tenho preferido dispor de meu tempo longe das luzes e das câmeras de TV, desenvolvendo as atividades que meu mandato me impõe.”
A deputada explicou que, nas últimas semanas, tais atividades têm sido bastante intensas, citando, entre outras, sua participação na reunião preparatória para a Cúpula de Governos da Organização das Nações Unidas, realizada em Brasília e que abordou os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela ONU; a recepção, em Brasília e em Santos, à delegação de autoridades de saúde da Indonésia, que vieram conhecer o programa brasileiro de combate à doença e o funcionamento da Frente Parlamentar em HIV/Aids, da qual Telma é coordenadora, e o lançamento, em Santos, do Programa Porto da Juventude, do Governo Federal, que prevê a criação de empregos para 200 jovens na Baixada Santista.
Além disso, destaca Telma, ela também apresentou projetos de lei tornando obrigatória a divulgação de filmes nacionais nas TVs educativas e públicas, proibindo a exigência da colocação de dados pessoais em cheques, regulamentando a profissão de marinheiro de esporte e recreio, instituindo a Semana Nacional de José Bonifácio e propondo alterações na CLT para que esta preveja medidas de prevenção à exposição ao sol, com a inclusão do protetor solar entre os itens de segurança.
Ao salientar que, nesta quinta e sexta-feira, participou, em Florianópolis, como coordenadora da Frente Parlamentar em HIV-Aids, do I Encontro Nacional da RNP+Brasil, que reuniu mais de 400 pessoas vivendo com HIV e que integram organizações não-governamentais de todo o país, Telma acrescenta à sua lista de atividades o envio, para os nove prefeitos da Baixada, de ofício onde defende a realização de uma audiência pública, já solicitada junto à Câmara Federal, para debater a regionalização do Porto de Santos. “Portanto, se não estou sendo vista nos tão televisados ambientes onde os depoimentos das CPIMs estão acontecendo, o motivo é simples: é porque estou trabalhando”, concluiu Telma de Souza.
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